Pode ser gago, ter a voz rouca, ter muita ou pouca referência sobre a vida, isso não importa para os filhos. A verdade é uma só: os pais sãos os melhores contadores de história do mundo, e os primeiros e principais incentivadores do hábito da leitura dos pequenos. O que fica na memória da criança para sempre é o tempo que pais e mães, tios e tias, avôs e avós, ou qualquer outro responsável parou o que estava fazendo para compartilhar narrativas que deram asas a sua imaginação e ensinaram valores que serão levados para toda a vida.
Não importa quantos outros ambientes e contextos estimulem a criança, sem o apoio da família, dificilmente o indivíduo cresce com uma experiência plena com os livros. Mas como fazer isso? Da forma mais natural possível e, sobretudo, com o exemplo. Segundo a professora de Educação Infantil da Escola São Domingos, Isllem Miranda Siqueira, o incentivo deve estar no cotidiano, sem a mecanização da leitura.
“Não adianta ler por ler, ou ler porque é importante. Isso todos nós sabemos e a criança também vai saber em algum momento do seu desenvolvimento. Para que o hábito de ler seja consistente, é fundamental que essa prática seja prazerosa tanto para quem conta quanto para quem escuta. É preciso olhar para o pai lendo uma revista ou um livro e perceber que ele sente prazer naquilo; é preciso contar uma história para o seu filho com entusiasmo para que ele absorva aquilo e tenha memórias para toda a vida”, explica a professora.
São as histórias de ninar, os livros infantis, o cotidiano dos pais permeado por leitura de revistas, jornais ou livros, que fazem das pequenas crianças leitores assíduos, que levam a capacidade de atenção, concentração, interpretação e escolhas por toda a sua vida escolar, profissional e pessoal.