1. “Comédias para se Ler na Escola”, de Luís Fernando Verissimo.
Luís Fernando Verissimo escreve tão bem que parece até ser fácil. Sorte a sua, que pode ler e rir gostoso destas crônicas sobre uma das fases mais divertidas de nossa vida: a escola.
2. “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna.
Você já viu o filme, já viu a série da Globo e, mesmo assim, merece ler este livro incrível de Ariano Suassuna. É para enxergar Chicó, João Grilo, o Padeiro, a Mulher do Padeiro, o Cangaceiro, a Compadecida e todos aqueles personagens inesquecíveis com outros olhos. E, principalmente, rir tudo de novo.
3. “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.
Esqueça a leitura obrigatória para o vestibular ou a prova de literatura que te chateou. Leia por livre e espontânea vontade e saiba que cada linha vai valer a pena. Em um dos melhores livros já escritos em português, Machado de Assis conta a história da vida de um homem morto, mostra seus melhores e piores pensamentos e de terror psicológico e, de quebra, é uma viagem no tempo para o Brasil do século XIX.
4. “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos.
Se você não se emocionar com a história da família de Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos e a cachorra Baleia, você está morto. Um clássico do escritor Graciliano Ramos que você merece conhecer na íntegra, não pelos resumos para passar no vestibular.
5. “A Hora da Estrela”, Clarice Lispector.
O livro conta a história de Macabéa, que se muda do Nordeste para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor. Tudo parece bem normal e até chato demais, até ela cruzar com um lindo homem louro alto em seu caminho. A chance de esse livro mexer com seus sentimentos é de 110%, para o bem ou para o mal.
6. “Primeiras Estórias”, de Guimarães Rosa.
Este é o melhor livro para começar a entender o universo incrível, fantástico e, ao mesmo tempo, difícil (vamos ser sinceros) de Guimarães Rosa. São 21 belos contos do escritor para ler aos poucos ou para ler tudo de uma vez, sem parar. O importante é saber que você vai encontrar sempre uma linda e bela história. Dica, comece por um dos mais conhecidos: “A Terceira Margem do Rio”.
7. “Morangos Mofados”, de Caio Fernando de Abreu.
Sabe o Caio Fernando de Abreu das frases das redes sociais? Então, essa é sua obra mais famosa. Duvido que você vai ler sem se identificar com pelo menos um dos nove contos. Eles são divididos em duas partes: “mofo” e “morangos”. “Mofo” é a parte triste, melancólica e difícil dos contos. “Morangos” é mais simples, mas com uma crise existencial não menos complicada ou interessante.
8. “O Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente.
Um clássico da literatura em língua portuguesa, escrito há mais de 500 anos, mas com uma história tão atual que é como se tivesse sido lançada semana passada nas livrarias. Você vai rir, chorar e adorar.
9. “O Meu Pé de Laranja Lima”, de José Mauro de Vasconcelos.
Com seis anos, Zezé mora em um bairro humilde do Rio de Janeiro e precisa viver com as dificuldades e limitações de uma vida pobre. Para a sorte dele, a imaginação é algo que não custa nada e assim ele brinca, explora o mundo, descobre coisas e apronta das suas.
10. “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago.
Um dia você acorda e descobre que está cego. Aos poucos você descobre que o mundo inteiro está cego. Pra piorar, o ser humano se revela o pior ser vivo que já pisou na face do planeta Terra. É essa situação que este clássico da literatura te faz pensar: “será que isso tudo aconteceria de verdade?”.
11. “Toda Poesia”, de Paulo Leminski.
Toda a poesia já publicada por Leminski cabe em um lindo livro de 412 páginas. Mesmo quem não curte tanto linguagem da poesia vai se dar muito bem nos versos leves, eruditos e pop do autor. A obra está dividida em categorias peculiares como “caprichos & relaxos”, “distraídos venceremos”, “la vie en close”, “o ex-estranho” e “winterverno”.
12. “A Coragem do Primeiro Pássaro”, de André Dahmer.
O cartunista mostra seu lado poeta em uma história de amor. Este é um bom livro para sentar e ler tudo de uma vez só. Espere para encontrar um baita pé na bunda no início e muita vontade de amor no final.
13. “1984”, de George Orwell.
Imagina viver num mundo distópico onde absolutamente tudo que existe é controlado por um tal de Grande Irmão, o olho que tudo vê e tudo pode? Descubra que vibe é essa acompanhando a vida do personagem Winston, morador de um continente horrível e sombrio chamado Oceania.
14. “A Sangue Frio”, de Truman Capote.
Prepare-se para ficar completamente sem fôlego e não conseguir parar de ler a história real do assassinato do fazendeiro Herbert Clutter, sua esposa Bonnie e os filhos Nancy e Kenyon. Este livro inventou (literalmente) o jornalismo literário e, não à toa, até hoje é um dos melhores do gênero.
15. “O Livro Amarelo do Terminal”, de Vanessa Barbara.
As histórias da escritora Vanessa Barbara têm o poder de transformar o Terminal Rodoviário do Tietê, um lugar de passagem sem a menor graça, em um dos lugares mais interessantes do mundo.
16. “Steve Jobs”, por Walter Isaacson.
Estamos falando do cara que inventou o iPod, o iPhone, o Mac, a Apple. Pode encarar as 586 páginas do livro. Não tem como não ser interessante.
17. A Revolução dos Bichos, de George Orwell.
A Revolução dos Bichos é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos.
18. O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.
Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente, retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia.
19. Dom Casmurro, de Machado de Assis,
Capitu, Bentinho e Escobar formam o triângulo amoroso mais conhecido da literatura nacional – com a condição de que acreditemos no narrador de um dos mais polêmicos romances brasileiros. Quem conta a história de Dom Casmurro é o próprio Bento Santiago, agora um senhor maduro que relembra a infância passada no bairro carioca de Matacavalos, quando conheceu o amor de sua vida: Capitu. Com a ironia que lhe é característica, Machado revolucionou o romance de amor, deixando para os leitores um dos grandes enigmas da nossa cultura: afinal, Capitu traiu ou não traiu?
20. Hiroshima, de John Hersey.
A mais importante reportagem do século XX – um retrato de seis sobreviventes da bomba atômica, escrito um ano depois da explosão. Quarenta anos mais tarde, o repórter reencontra seus entrevistados. A bomba atômica matou 100 mil pessoas na cidade japonesa de Hiroshima, em agosto de 1945. Naquele dia, depois de um clarão silencioso, uma torre de poeira e fragmentos de fissão se ergueu no céu de Hiroshima, deixando cair gotas imensas – do tamanho de bolas de gude – da pavorosa mistura. Um ano depois, a reportagem de John Hersey reconstituía o dia da explosão a partir do depoimento de seis sobreviventes.
21. Memória do fogo, de Eduardo Galeano.
Um grande trabalho poético, histórico, épico, fantástico, no qual Eduardo Galeano traça um painel vivo e emocionante da história latino-americana nos últimos quinhentos anos. A imprensa mundial fala da trilogia Memória do fogo: “Esplêndido. Um livro que se lê com paixão e curiosidade, pois, ao mesmo tempo que arrebata o leitor com seu fôlego épico, aprisiona-o pela beleza de cada fragmento.”
22. Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, de Maya Angelou.
Racismo. Abuso. Libertação. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.
23. A Metamorfose, de Franz Kafka.
A Metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante – o famoso Gregor Samsa – transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana – tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.